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Trump apresenta queixa contra Kamala por “apropriação indevida” de fundos

Em causa estão os 95 milhões de dólares que estavam destinados à campanha de Joe Biden, que, entretanto, desistiu da corrida à Casa Branca.

Vincent Alban

Ana Rute Carvalho

SIC Notícias

O candidato republicano Donald Trump apresentou uma queixa contra Kamala Harris por apropriação indevida dos fundos que seriam destinados à campanha presidencial de Joe Biden.

A queixa foi registada junto da Comissão Federal de Eleições pelo conselheiro geral da campanha do ex-presidente.

Trump alega que o dinheiro arrecadado pelo chefe de Estado norte-americano não pode ser transferido para a vice-presidente.

Em causa estão quase 90 milhões de euros, que o candidato republicano diz ser uma violação das leis federais de financiamento.

A equipa de Kamala Harris fala numa tentativa de sabotagem da campanha eleitoral.

Quanto dinheiro tinha a campanha de Biden?

Quando revelou que ia desistir de ser candidato às eleições presidenciais de novembro, Joe Biden anunciou logo o seu apoio a Kamala Harris, que assumiu, rapidamente, o controlo da campanha do Presidente.

No sábado passado, a campanha de Biden comunicou à Comissão Federal de Eleições (FEC, na sigla em inglês) que tinha 95 milhões de dólares (cerca de 87 milhões de euros) no banco, no final de junho.

Apesar do montante significativo, fica abaixo dos 128 milhões de dólares (cerca de 118 milhões de euros) que a campanha de Trump comunicou à FEC.

Logo após o Presidente norte-americano desistir da corrida, a campanha preencheu uma série de formulários da FEC, que retiraram o nome de Biden dos documentos e substituíram para o de Harris: de “Biden a Presidente” a “Harris a Presidente”.

Mas a transferência do dinheiro é assim tão fácil?

Em declarações à agência Reuters, o advogado Saurav Ghosh, de um grupo apartidário, esclareceu que, como Harris já fazia parte da campanha “Biden a Presidente” enquanto candidata a vice-presidente, o seu direito ao dinheiro estará assegurado.

“Qualquer pessoa que conteste a legalidade disto tem poucas probabilidades de sucesso.”

Já Charlie Spies, advogado de financiamento de campanha dos republicanos, afirmou que o Partido Republicano iria, provavelmente, contestar a transferência do controlo do dinheiro para Harris, como fez agora.

Apesar das divergências, os dois advogados concordaram numa coisa: será pouco provável que o regulador eleitoral resolva a questão antes das eleições presidenciais, marcadas para 5 de novembro.

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