Termina, esta quinta-feira, a cimeira da NATO em Washington. Na Casa Branca, Volodymir Zelensky foi o convidado de honra do jantar oferecido por Joe Biden aos líderes dos países da Aliança Atlântica. O presidente ucraniano sai da cimeira de Washington com a certeza que a Ucrânia entrará em breve para a maior organização militar do mundo.
Além da promessa de adesão à NATO, Zelensky recebeu a garantia de 40 mil milhões de euros em ajuda militar no próximo ano e o anúncio da entrega dos primeiros caças F-16 já este verão.
A cimeira certificou a Rússia como inimiga número um da NATO. Moscovo prometeu responder ao apoio a Kiev e à decisão de reinstalar mísseis de longo alcance na Alemanha.
“Não nos deixamos intimidar, vamos encontrar uma resposta. Estes métodos não vão forçar-nos ao desarmamento em nosso detrimento”, declarou Sergei Ryabkov, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia
Já da China veio a resposta às acusações de apoio à Rússia na guerra da Ucrânia.
“A China insiste que a NATO abandone os conceitos ultrapassados da mentalidade de Guerra Fria, confrontos entre blocos e a abordagem de soma zero. Que corrija a sua perceção errada da China, que pare de interferir na política interna da China, e de difamar a imagem do país. Que não crie o caos na região Ásia-Pacífico após ter criado desordem na Europa”, afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.
A cimeira confirmou oficialmente os planos militares mais abrangentes desde a Guerra Fria: 23 dos 32 países-membros investem já pelo menos 2% do PIB na defesa. Na capital dos Estados Unidos, foram ainda aprovadas melhorias na estrutura de comando e nos sistemas integrados de defesa aérea e antimísseis.
E, no momento em que são assinalados os 75 anos da NATO, há meio milhão de soldados em estado de prontidão para combater no chamado flanco oriental, junto às fronteiras da Rússia.