Os países da NATO iniciaram a transferência de aviões de combate F-16 para a Ucrânia, a fim de fortalecer a defesa deste país contra a Rússia, anunciou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
"Tenho o prazer de anunciar que, neste momento, a transferência de aeronaves F-16 está em andamento, da Dinamarca e dos Países Baixos", disse Blinken à margem da cimeira da NATO em Washington.
"Esses aviões voarão nos céus ucranianos neste verão para garantir que a Ucrânia possa continuar a defender-se eficazmente contra a agressão russa", acrescentou, num fórum de discussão.
Num comunicado, a Casa Branca afirmou também que a Bélgica e a Noruega se comprometeram a fornecer aeronaves adicionais como parte de uma coligação de países que fornecem estes aviões à Ucrânia.
Kiev espera que os jatos de combate fabricados nos Estados Unidos ajudem a proteger melhor os seus soldados e as suas cidades dos bombardeamentos russos diários.
A Ucrânia começou a solicitar F-16 logo após a invasão russa em fevereiro de 2022, e os pilotos ucranianos passaram meses de treino em países da NATO, incluindo os Estados Unidos.
Vários Estados-membros da Aliança Atlântica comprometeram-se a fornecer dispositivos deste tipo, elogiados pela sua precisão, rapidez e autonomia.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse em maio que a Ucrânia precisava de cerca de 130 F-16 para ter paridade aérea com a Rússia.
Mas os países ocidentais prometeram menos de 100.
A Rússia, por sua vez, alertou que as suas forças teriam como alvo todo o equipamento militar ocidental, incluindo os F-16, enviados para a Ucrânia.
O chefe da diplomacia norte-americana observou ainda que a entrega destes aviões deverá "fazer com que o Presidente russo, Vladimir Putin, pense" no facto de que não sobreviverá à Ucrânia, que não sobreviverá a nós e que, se persistir, os danos que continuarão o que fazer à Rússia e os seus interesses só piorarão".