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Médio Oriente: 9 meses de conflito entre Israel e Hamas

Em Gaza, as bombas continuam a cair e as armas não se calam. Este sábado, um ataque israelita atingiu uma escola e pelo menos 15 pessoas morreram.

Pedro Andersson

Faz hoje 9 meses que o Hamas atacou Israel, causou cerca de 1.200 mortos e sequestrou mais de 250 israelitas. Desde então, mais de 38 mil palestinianos morreram e as negociações para um cessar-fogo continuam. O Hamas diz estar à espera de uma resposta de Israel à cedência que fez esta semana.

É um momento simbólico que marca, no lado de Israel, a passagem de 9 meses de conflito com o Hamas. Foram lançados balões pretos, cada um representa uma das cerca de 1.200 vítimas do ataque do Hamas no dia 7 de outubro do ano passado, e cada balão amarelo, um dos cerca de 120 reféns israelitas que ainda estão em Gaza.

Enquanto isso, em Gaza, as bombas continuam a cair e as armas não se calam. Este sábado, um ataque israelita atingiu uma escola e pelo menos 15 pessoas morreram. Depois disso, em outros dois ataques mais 12 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas.

Entretanto, há um avanço importante: o Hamas terá deixado cair a exigência de que Israel se comprometesse com um cessar-fogo permanente antes de assinar um acordo. O movimento aceitou uma das propostas do plano de paz norte-americano e aceitará agora um cessar-fogo temporário com a condição da retirada das forças israelitas do território de Gaza.

Israel ainda não respondeu a este desenvolvimento e mantém o contacto com os mediadores do Qatar e do Egito.

Em Israel, ao longo da madrugada milhares de israelitas protestaram e agora durante todo o dia prometem continuar a protestar contra a forma como o governo está a conduzir o processo de resgate dos reféns e a pedir eleições antecipadas. Os manifestantes cortaram estradas e convocaram manifestações junto às residências de dezenas de políticos. Esperam juntar este domingo cerca de 1 milhão de manifestantes.

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