As sondagens em França mantêm a extrema-direita no rumo à vitória nas eleições legislativas. Nas últimas horas, Emanuel Macron rejeitou uma vez mais demitir-se em caso de vitória da extrema-direita.
As eleições legislativas em França são a duas voltas. A primeira realiza-se no domingo.
Macron reiterou que vai continuar no cargo até ao final do mandato, em 2027, independentemente dos resultados das eleições.
Guilherme Monteiro, correspondente da SIC em Paris, explica que "paira a questão" de que voz terá França a nível internacional, uma vez que cabe ao chefe de Estado representar o país no estrangeiro.
As sondagens mostram que a extrema-direita pode ganhar as eleições legislativas com maioria absoluta.
"Não é o cenário mais provável, mas não se pode descartar", afirma Guilherme Monteiro.
Questionado se faria um discurso junto da bandeira da União Europeia, Jordan Bardella, presidente da União Nacional de extrema-direita, disse que ia refletir, refere o correspondente da SIC.
Historicamente, o seu partido defendia abandonar o projeto comunitário. Agora não o assume, mas assume através do programa que nada quer deixar igual e quer abrir negociações com restantes países europeus, acrescenta Guilherme Monteiro.
Risco de violência
França poderá registar distúrbios civis e violência relacionada com as eleições, alertou o ministro do Interior, Gerald Darmanin, esta segunda-feira, no momento em que a campanha entra na última semana antes da primeira volta.
"É possível que haja tensões extremamente fortes", disse Darmanin à rádio RTL, acrescentando que as autoridades estão a preparar-se para uma situação "altamente inflamável", com as eleições a ocorrer a menos de um mês antes dos Jogos Olímpicos.