Com uma guerra que dura há mais de dois anos há muitas povoações ucranianas que estão dependentes do apoio de voluntários internacionais para cuidados de saúde.
Oleksandra, Nadia e Sasha. Têm oito anos, são da mesma turma, e estão os três à espera do mesmo: de serem vistos pelo dentista.
Com coragem, Sasha segue para dentro do gabinete onde estão duas médicas lituanas. Katrina e Kristina fazem parte da organização não governamental Blue and Yellow.
Tiraram férias para participar nesta missão de voluntariado em povoações ucranianas afetadas pela guerra.
"Penso que estarmos com medo não é uma opção para nós. Percebemos o que se está aqui a passar. Acho que isto é a nossa forma de resistência, de derrotarmos o diabo. Faço o que faço de melhor. Provavelmente, não seria um bom soldado, por isso, venho para cá e faço o que posso", disse Kotryna Raudyté.
Enquanto cá dentro as pessoas esperam pela sua vez para serem vistas pelos médicos, lá fora soam as sirenes. Estamos a cerca de 20 quilómetros da fronteira com a Rússia e a pedido de quem está aqui não se filma a parte exterior do edifício. As pessoas têm medo que seja identificado e atacado pelas forças russas.
Mais próximo da fronteira, decorrem intensos combates entre os dois exércitos. A nova ofensiva russa que poderá estender-se a esta comunidade.