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Israel aprova expansão "limitada" da ofensiva em Rafah para eliminar o Hamas

O gabinete de guerra de Israel aprovou, esta sexta-feira, a expansão limitada da ofensiva em Rafah e defende que o plano respeita os limites impostos pelos Estados Unidos. As tropas israelitas apertaram o cerco à cidade do sul de Gaza de onde já fugiram mais de 100 mil pessoas. A ONU fala num cenário de tragédia vivido em Rafah e continua a apelar ao reconhecimento da Palestina.

Aurélio Faria

Entre intensos combates e bombardeamentos, as tropas israelitas já conseguiram ocupar a estrada que divide Rafah e cercaram totalmente a parte oriental da cidade fronteiriça do sul de Gaza. O porta-voz das Forças Armadas de Israel diz que o país tem aquilo que é necessário para as missões em Rafah e desvaloriza a decisão dos Estados Unidos em suspender o envio de mais bombas.

Washington suspendeu o envio de ajuda militar, numa área onde existem mais de um milhão e meio de pessoas encurraladas e sem possibilidade de fuga. Para Telavive as operações em Rafah têm apenas um único objetivo, o de eliminar o Hamas.

A ONU defende que a situação em Rafah é uma tragédia, numa altura em que a ofensiva israelita já provocou o colapso do hospital da cidade e bloqueou a ajuda humanitária que entrava diariamente na Faixa de Gaza pela fronteira do Egito.

O ataque a Rafah coincide com outra ronda falhada de negociações. O Hamas continua a defender que, neste momento, um acordo de cessar-fogo depende inteiramente de Israel. Esta semana, o movimento islamita aceitou libertar os reféns em troca de tréguas faseadas e da retirada militar.

Na Assembleia Geral da ONU, 143 dos 193 países aprovaram a resolução não vinculativa que reforça direitos e privilégios dos representantes palestinianos. Os Estados Unidos e Israel permanecem contra a resolução que inclui um apelo ao Conselho de Segurança para reconhecer o Estado Palestiniano como membro de pleno direito das Nações Unidas.

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