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Polónia está pronta para receber armas nucleares da NATO

O presidente polaco declarou que “se os nossos aliados decidirem implantar armas nucleares", no país "com o objetivo de fortalecer a segurança do flanco oriental da NATO, estamos prontos para o fazer".

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SIC Notícias

O presidente polaco declarou esta segunda-feira que o seu país está "pronto" para receber armas nucleares, se a NATO decidir fortalecer militarmente o seu flanco oriental, após o envio de novas armas pela Rússia para Kaliningrado e Bielorrússia.

"Se os nossos aliados decidirem implantar armas nucleares no nosso território, no quadro de partilha nuclear, com o objetivo de fortalecer a segurança do flanco oriental da NATO, estamos prontos para o fazer", afirmou Andrzej Duda em entrevista publicada hoje pelo jornal polaco Fakt.

Duda está esta segunda-feira no Canadá, após ter visitado os Estados Unidos, onde se encontrou com o ex-presidente dos EUA Donald Trump e visitou a ONU.

O chefe de Estado polaco acrescentou ao diário Fakt que uma possível deslocação de armas nucleares para a Polónia tem sido objeto de discussões entre a Polónia e os Estados Unidos "há algum tempo".

"Já abordei este assunto muitas vezes", disse o Presidente polaco.

Em reação a estas declarações, o Kremlin disse vai analisar a situação e tomar as "medidas necessárias” para garantir a segurança da Rússia.

“É claro que os militares irão analisar a situação e tomar todas as medidas de retaliação necessárias para garantir a nossa segurança", disse o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, aos jornalistas.

A “Rússia está a militarizar cada vez mais o enclave de Kaliningrado”

Segundo Duda, a "Rússia está a militarizar cada vez mais o enclave de Kaliningrado. Está em processo de transferência das suas armas nucleares para a Bielorrússia", dois territórios que fazem fronteira com a Polónia.

Em junho de 2023, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que tinha transferido as primeiras armas nucleares para a Bielorrússia.

Na cimeira de Vilnius em 2023, os membros da NATO reafirmaram que a Aliança Atlântica faria "tudo o que fosse necessário para garantir a credibilidade, eficácia, segurança e proteção da sua missão de dissuasão nuclear, incluindo continuar a modernizar as suas capacidades nucleares e atualizar o seu processo de planeamento".

Com LUSA

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