O primeiro-ministro de Israel prometeu, este domingo, aumentar a pressão militar sobre o Hamas nos próximos dias. Benjamin Netanyahu não fez referência a uma incursão terrestre em Rafah, mas a cidade tem sido alvo de ataques aéreos. Pelo menos 18 crianças morreram na última madrugada em bombardeamentos israelitas.
O bombardeamento a uma casa matou uma geração inteira, de uma só família. O ataque a outra habitação matou um homem, o filho de três anos e a mulher, grávida.
Os médicos procederam a uma cesariana quando perceberam que a mãe não resistira aos ferimentos e conseguiram salvar o bebé. As autoridades israelitas defendem que Rafah é o último reduto do Hamas.
Ao mesmo tempo que intensifica os bombardeamentos aéreos à cidade, Telavive está a posicionar artilharia e veículos blindados na periferia da Faixa de Gaza, no que aparenta serem os preparativos da anunciada ofensiva terrestre .
Em Khan Younis, de onde as IDF retiraram há duas semanas, estão a ser recuperados os corpos encontrados no exterior do Hospital Nasser, numa vala comum.
Cisjordânia é palco de violentos confrontos
Na Cisjordânia, onde a violência estava já a escalar antes da retaliação israelita pelo ataque terrorista de 7 de outubro, a coexistência entre palestinianos e colonos é impraticável.
Palco de incursões militares cada vez mais frequentes e destrutivas, o território controlado pela autoridade palestiniana é cada vez mais hostil aos próprios habitantes. Os socorristas denunciam estar a ser impedidos de acudir os feridos.
Um motorista de ambulância foi morto, no sábado, quando ia buscar vítimas de um ataque de colonos armados. O batalhão ultraortodoxo do Exército israelita, Netzah Yehuda, é apontado como executor e instigador de violência contra palestinianos.
Os Estados Unidos preparam-se para anunciar sanções inéditas contra os militares deste batalhão por violações dos direitos humanos na Cisjordânia, em incidentes ocorridos ainda antes do ataque do Hamas de 7 de outubro.