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Milhares de manifestantes em Jerusalém pedem eleições antecipadas pelo 2º dia consecutivo

Yair Golan, antigo "número dois" do estado-maior do Exército de Israel, assegurou que os reféns retidos no enclave palestiniano já estariam em casa se existisse outro Governo.

Leo Correa

SIC Notícias

Lusa

Milhares de manifestantes saíram à rua, nesta segunda-feira, em Jerusalém pelo segundo dia consecutivo para exigir eleições antecipadas em Israel no âmbito da "semana nacional de protesto" convocada pela oposição contra o Governo de coligação liderado por Benjamin Netanyahu.

Os manifestantes montaram tendas de campanha e exibiram cartazes - muitos com referência aos reféns do movimento islamita Hamas que permanecem na Faixa de Gaza -, numa zona da cidade perto do Knesset, o parlamento, indicou o diário The Times of Israel.

Yair Golan, antigo "número dois" do estado-maior do Exército de Israel, assegurou que os reféns retidos no enclave palestiniano já estariam em casa se existisse outro Governo.

"Mas estamos atascados com o Governo de Netanyahu-Gantz", sentenciou.

Os manifestantes pretendem manter o acampamento improvisado pelo menos durante quatro dias e convocaram uma grande manifestação diária, pelas 19:00, durante toda a semana. Estão ainda previstas concentrações frente às residências de deputados da coligação de direita e extrema-direita que apoia Netanyahu.

A semana de protestos culminará no sábado, 6 de abril, com uma grande manifestação na rua Kaplan em Jerusalém e na Praça dos Sequestrados de Telavive para recordar os seis meses dos ataques das milícias palestinianas de Gaza - com um balanço de cerca de 800 mortos civis e 400 militares e polícias israelitas - e o sequestro de cerca de 200 reféns, com perto de 100 ainda detidos no enclave.

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