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Páscoa em tempo de guerra, não há turistas nem peregrinos em Jerusálem

É a primeira Páscoa em Guerra no Médio Oriente desde que começou o conflito entre Israel e o Hamas e as celebrações na Terra Santa foram, este ano, reduzidas ao mínimo. Ao contrário do que é habitual, não há turistas, nem peregrinos, em Jerusálem, onde apenas algumas centenas de pessoas assistiram à missa este domingo.

Teresa Canto Noronha

Ana Lemos

A Basílica do Santo Sepúlcro, em Jerusálem, é o local onde os cristãos acreditam que Jesus foi crucificado, sepultado e ressuscitou ao terceiro dia. É um dos locais mais visitados nesta altura da Páscoa. Mas, este ano, os habituais milhares de turistas e peregrinos não foram à Terra Santa.

A guerra, entre Israel e o Hamas, reduziu, ao mínimo, as celebrações pascais. À missa desde domingo, presidida pelo patriarca de Jerusálem, assistiram, apenas, algumas centenas de fieis.

A maior parte dos muitos palestinianos cristãos, que vivem na Cisjordânia, não puderam ir até à Basílica. Desde que começou a guerra, que Israel exige uma autorização especial para que possam ir rezar ou assistir às missas.

Na Ucrânia, esta já é a terceira Páscoa, em guerra, desde que a Rússia invadiu o país, em fevereiro de 2022. As celebrações principais aconteceram na Catedral de S. Nicolau, em Kiev, onde se juntaram centenas de fiéis.

A Igreja Católica acredita que esta uma época de renovação e esperança, e para os ucranianos ainda mais.

Também no Iraque, onde os cristãos e as igrejas católicas, sobretudo, têm sido alvos de ataques por parte do Daesh, ao longo dos anos, centenas de pessoas juntaram-se para celebrarem a Páscoa.

A cerimónia foi na Catedral da Imaculada Conceição, que o Papa Francisco visitou em 2021. O Iraque já teve quase dois milhões de católicos. Mas as perseguições e a guerra obrigaram muitos a fugir e a comunidade está agora reduzida a apenas alguns milhares.

Nas Filipinas, o domingo de Páscoa começa com duas procissões, ainda antes do nascer do sol. Uma é a representação da ressurreição de Cristo, e na outra os fieis carregam a imagem de Maria.

As duas procissões, acompanhadas por milhares de pessoas, encontram-se, no final do percurso. A cerimónia marca o fim da Semana Santa nas Filipinas, o único país maioritamente católico, em todo o continente asiático, com mais de 80 milhões de fiéis.

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