Mundo

Carros voadores: tecnologia europeia vendida à China, num setor do futuro que é cada vez mais presente

A tecnologia por detrás do AirCar foi vendida pela Klein Vision, uma empresa da Eslováquia. O carro fez um voo de 35 minutos e demorou cerca de dois minutos a passar de carro a aeronave.

Klein Vision

SIC Notícias

A tecnologia por trás de um carro voador, originalmente desenvolvida e testada com sucesso pela empresa Klein Vision, foi comprada por uma fabricante chinesa.

O AirCar é um carro voador alimentado por um motor BMW e consome combustível normal.

Este carro fez um voo entre dois aeroportos eslovacos em 2021, que demorou 35 minutos. Utilizou pistas de aterragem e descolagem e demorou cerca de dois minutos a passar de carro a aeronave.

A tecnologia recebeu um certificado de aeronavegabilidade da Autoridade de Transportes da Eslováquia em 2022. Depois do sucesso na Europa, a tecnologia do AirCar passa agora a ser utilizada na China.

“A China podia muito bem ver isto como uma oportunidade para progredir”

A empresa chinesa Hebei Jianxin Flying Car Technology Company comprou a tecnologia e adquiriu direitos exclusivos para fabricar e usar aeronaves AirCar dentro de uma área que não foi revelada. Segundo a BBC, a Klein Vision, recusou-se a dizer por quanto vendeu a tecnologia.

Tendo liderado o desenvolvimento da revolução dos veículos elétricos, a China está agora a desenvolver soluções para o transporte aéreo. No mês passado, a empresa Autoflight realizou um voo teste, entre as cidades de Shenzhen e Zhuhai (separadas por cerca de 70 quilómetros), de um drone para transportar passageiros.

Outra empresa chinesa recebeu o certificado de segurança das autoridades para o seu táxi voador elétrico.

No entanto, ainda existem obstáculos consideráveis para esta forma de transporte no que diz respeito à infraestrutura, regulamentação e aceitação pública da tecnologia.

As tentativas globais de regular o setor deixaram “todos a lutar para apresentar um novo conjunto de questões que precisam de ser feitas”, explicou à BBC o consultor de aviação Steve Wright.

“A respeito disto, a história do Ocidente pode por vezes abrandar as coisas porque há uma certa tentação de tentar encaixar estas novas máquinas nas antigas categorias”, acrescentou.

“A China podia muito bem ver isto como uma oportunidade para progredir.”

Outras preocupações semelhantes já foram levantadas em relação aos carros elétricos, nos quais a China é líder no mercado global.

Últimas