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"Mais de 700 famílias vivem situação de violência": protestos na Argentina contra fecho da agência estatal de notícias

Literalmente de um dia para o outro, as portas da Télam, a agência noticiosa estatal argentina, foram fechadas e os cerca de 700 funcionários impedidos de entrar nas instalações.

Sofia Arêde

O novo presidente argentino, Javier Milei, anunciou o fecho da agência noticiosa estatal, numa decisão que apanhou de surpresa os cerca de 700 jornalistas que trabalham para agência Télam. As instalações foram fechadas a cadeado e os funcionários impedidos de entrar.

Literalmente de um dia para o outro, as portas da Télam, a agência noticiosa estatal argentina, foram fechadas e os cerca de 700 funcionários impedidos de entrar nas instalações.

“São mais de 700 famílias que hoje vivem de forma angustiante esta situação de violência, esta situação inédita na democracia, de silenciar um meio de comunicação e de acordarmos cercados, sem podermos trabalhar. Não vamos permitir isto. Esta agência existe há mais de 78 anos e vai continuar a existir”, afirmou a jornalista e líder sindical, Carla Gaudensi.

A morte anunciada da Télam é mais uma entre muitas medidas controversas com que o presidente argentino diz querer resolver a grave crise económica e social em que o país está mergulhado.

"“Na mesma lógica, vamos encerrar a agência Télam, que tem sido usada nas últimas décadas como agência de propaganda Kirchnerista”, anunciou Javier Milei.

Fim dos apoios sociais deixam a Argentina mais empobrecida

O fim do financiamento público dos partidos é outra ideia que o chefe de estado pretende fazer aprovar e que os críticos veem como mais danosa para a democracia do que para a inflação.

No seu estilo, Javier Milei prometeu uma nova Argentina e pediu paciência e tempo, mas as medidas de austeridade estão a deixar os mais pobres ainda mais empobrecidos.

Os cortes nos subsídios de transportes fizeram disparar os preços dos transportes públicos.

Com o fim de alguns apoios sociais e a desvalorização da moeda os níveis de pobreza atingiram os valores mais altos das últimas duas décadas.

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