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Milei quer fechar agência de notícias da Argentina, acusando-a de fazer propaganda

Em apenas três meses no cargo de presidente, Milei já tem dado que falar pelo mundo. A morte anunciada da Telam é mais uma entre muitas medidas controversas com que o presidente argentino diz querer resolver a grave crise económica e social do país.

Sofia Arêde

O novo presidente argentino anunciou o fecho da agência noticiosa estatal. A decisão de Javier Milei, comunicada na última sexta-feira, apanhou de surpresa os cerca de 700 jornalistas que trabalham para a agência. As instalações foram fechadas a cadeado e os funcionários impedidos de entrar.

Literalmente de um dia para o outro, as portas da Telam, a agência noticiosa estatal argentina, foram fechadas. A morte anunciada da Telam é mais uma entre muitas medidas controversas com que o presidente argentino diz querer resolver a grave crise económica e social em que o país está mergulhado.

O fim do financiamento público dos partidos é outra ideia que o chefe de Estado pretende fazer aprovar e que os críticos veem como mais danosa para a democracia do que para a inflação.

No seu estilo quase inconfundível, Javier Milei prometeu uma nova Argentina e pediu paciência e tempo, mas as medidas de austeridade estão a deixar os mais pobres ainda mais empobrecidos.

Os cortes nos subsídios de transportes fizeram disparar os preços dos transportes públicos. Com o fim de alguns apoios sociais e a desvalorização da moeda, os níveis de pobreza atingiram os valores mais altos das últimas duas décadas.

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