A Sicília tem estado no topo de alguns dos mais preocupantes registos meteorológicos dos últimos anos. No verão de 2021, bateu o recorde da temperatura mais elevada alguma vez medida no continente europeu. Neste inverno, um dos mais quentes de que há memória, está a braços com uma seca persistente, que já obrigou a racionar o consumo de água.
Conhecida por milénios de história e monumentos, a ilha mediterrânica da Sicília tem também um longo historial de secas.
A tentativa dos habitantes para as suavizar é visível nos tanques e cisternas no topo dos edifícios da cidade de Agrigento.
Mas nos últimos já nem está solução de recurso parece suficiente. Um passeio atento pelo centro histórico revela sinais de que a falta de água crescente está a provocar constrangimentos nas casas e nos negócios.
Mas é precisamente em 2024 que o problema é mais premente. O mês de janeiro foi o mais quente desde que há registos na ilha mediterrânica. Dezembro foi o menos chuvoso, com uma quebra em alguns lugares que chegou aos 96%
Foi aqui em agosto de 2021 que foi batido o recorde da mais elevada temperatura alguma vez medida em solo europeu: 48,8 graus centígrados. Alterações climáticas que aproximam o clima da ilha mediterrânica ao do norte de África.
A falta de água em pleno inverno já levou as autoridades a decretar o estado de emergência e está a levar ao racionamento, quer seja na agricultura ou no consumo residencial. Em algumas cidades, a água está a ser cortada das torneiras das casas dia sim dia não.
O serviço europeu Copernicus para as alterações climáticas colocou a zona no mapa vermelho do alerta máximo de seca para além da Sicília. É o caso de outras ilhas mediterrânicas e do sul de Itália, Grécia, leste de Espanha e sul de Portugal.