O advogado que representou Alexei Navalny e acompanhou a mãe do opositor político de Putin na semana passada na luta pela recuperação do corpo, foi detido esta terça-feira, em Moscovo, mas já foi libertado, confirmou José Milhazes, após o próprio ter anunciado.
“Este não foi o primeiro advogado de Alexei Nalvalny a ser detido. Há outros que estão na prisão à espera do julgamento, acusados de colaborar com terrorismo", acrescentou ainda o comentador da SIC.
Quanto ao dia do funeral, José Milhazes disse que possa vir a ser no dia 1 de março, dado que a 29 de fevereiro, “o grande líder vai falar à nação”. No entanto, referiu que o “problema é que não há lugar absolutamente nenhum onde prestar uma homenagem a Nalvalny ou até onde colocar o caixão”. Por isso, o mais provável é acontecer uma cerimónia fúnebre à porta fechada, num dos cemitérios em Moscovo.
Macron? “Deixem-se de palavras”
O Presidente francês Emmanuel Macron frisou, nesta segunda-feira, que o envio de tropas ocidentais para a Ucrânia não deve "ser descartado" no futuro, anunciando ainda uma coligação para a entrega de mísseis de médio e longo alcance a Kiev.
Para José Milhazes, Macron “estava esquecido e precisava de brilhar”, mas “o problema é que fazem afirmações que sabem que à partida não serão realizadas, porque eu acho que na NATO nunca haverá consenso para entrar com uma guerra com a Rússia”, considerou o comentador.
E acrescentou:
“Deixem-se de palavras. Enviem os armamentos necessários para a Ucrânia. O resto, os ucranianos fazem”.
Rússia ameaça NATO em caso de envio de tropas
A Rússia ameaça declarar guerra à NATO, se a Aliança interferir diretamente na Ucrânia. É a reação às declarações do Presidente francês, que pela primeira vez admitiu colocar soldados no terreno.
Mas o anúncio de Emmanuel Macron está a dividir os próprios parceiros. No caso de Portugal, António Costa garante que mantém o apoio à Ucrânia, mas recusa o envio de militares.
“Há muita incompetência entre os líderes da guerra, no sentido em que eles não compreenderam quem é Putin e como se pode travar Putin”, garantiu José Milhazes.