A Rússia ameaça declarar guerra à NATO se a Aliança interferir diretamente na Ucrânia. É a reação às declarações do Presidente francês, que pela primeira vez admitiu colocar soldados no terreno.
Mas o anúncio de Emmanuel Macron está a dividir os próprios parceiros. No caso de Portugal, António Costa garante que mantém o apoio à Ucrânia, mas recusa o envio de militares.
A garantia foi deixada na segunda-feira em Paris: França fará o que for preciso para ajudar a Ucrânia e qualquer hipótese está em cima da mesa. A notícia foi recebida com entusiasmo em Kiev.
“Quero agradecer ao Emmanuel por todo o apoio e pelo pacto de segurança que assinámos recentemente”, disse Zelensky.
O entusiasmo de Kiev contrasta com a posição em bloco já demonstrada pelo chefe da NATO e por países aliados como a Alemanha.
O Kremlin aproveitou o tema para voltar às ameaças. Alerta para a eventualidade de uma guerra entre a Rússia e a NATO, caso a aliança militar interfira diretamente na Ucrânia. A garantia é dada pelo chefe da diplomacia do Kremlin.
“Neste caso, não devemos falar de probabilidade, mas de inevitabilidade”, disse Dmitry Peskov, quando questionado sobre a estimativa do Kremlin sobre um conflito direto com a NATO.