Dois anos depois dos primeiros tanques russos terem atravessado a fronteira com a Ucrânia e do Kremlin ter dado início ao que continua a chamar operação especial, ninguém sabe ao certo quantos soldados ucranianos e russos morreram em combate.
Kiev e Moscovo mantêm esse registo secreto, mas para as milhares de famílias amputadas a perda é ainda uma ferida aberta que a continuidade da guerra não permite fechar.
“Todos os dias enterramos alguém”, conta Yevheniia Demchuk, que perdeu o marido e pai dos seus dois filhos em agosto de 2023.
Num pequeno hospital de campanha, um dos muitos da frente de combate pelo controlo do Donbass, tenta-se salvar vidas. A unidade recebe, em média, 30 soldados por dia, a maior parte com ferimentos provocados por ataques com drones.
Apoio? Ucrânia pede armas
Dois anos depois do início da guerra, apesar dos sinais de algum esmorecimento na ajuda à Ucrânia, o Ocidente quis assinalar o dia com uma grande manifestação de apoio a Kiev.
Kiev pede que o apoio se concretize em armamento, que considera vital para travar a ofensiva russa.
Moscovo assinalou a data com esta visita do ministro da Defesa à recém conquistada Avdiivka, uma cidade da região de Donetsk, considerada geograficamente estratégica e um símbolo da resistência ucraniana.