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Ucrânia: exército recua no leste do país após intensos combates

A terceira brigada de assalto, enviada para reforçar o destacamento e que, horas antes, classificava a situação de infernal, relata intensos combates com pelo menos 15 mil militares russos.

Cristina Neves

O exército ucraniano anunciou o recuo das tropas a sul de Avdiivka, no leste da Ucrânia, palco de intensos combates. Os Estados Unidos tinham já admitido que a Ucrânia pode estar prestes a sofrer uma pesada derrota.

A hierarquia militar justificou a retirada afirmando que a prioridade é a preservação da vida dos soldados.

O comandante do grupo estratégico operacional Tavria assegura que não há ucranianos cercados e que a retirada de posições em Avdiivka provocou poucas baixas.

A terceira brigada de assalto, enviada para reforçar o destacamento e que, horas antes, classificava a situação de infernal, relata intensos combates com pelo menos 15 mil militares russos.

Avdiivka tornou-se um reduto militar ucraniano após a perda de Donetsk em 2014, mas foi dizimada pelos mais recentes combates.

Nas últimas semanas as forças russas têm estado a conseguir avanços.

Controlar a cidade não é apenas simbólico para Putin, a dias de se assinalarem dois anos da invasão e com eleições em Março.

Além da primeira vitória assinalável desde a tomada, em maio, de Bakhmut, permitiria criar corredores logísticos para abastecer uma parte importante da linha da frente.

No terreno a capacidade ofensiva foi dramaticamente reduzida desde novembro, com os combatentes ucranianos a ter que racionar munições e em desigualdade numérica em relação aos russos.

Com a nova mobilização geral pendente, o recrutamento é sobretudo voluntário e para unidades de elite.

O que se explica também pela falta de munições, depois da ajuda norte-americana ter falhado.

Uma necessidade imperativa reafirmada pelo presidente ucraniano na assinatura, em Berlim, de um acordo bilateral de segurança com a alemanha

O acordo assegura apoio financeiro e militar a longo prazo.

Antes de participar na 60 ª Conferência de Segurança de Munique, Zelensky encontra-se com Emmanuel Macron em Paris, (este sábado) para a assinatura de um acordo semelhante.

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