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Gaza: militares israelitas entram em hospital com centenas de palestinianos

A intervenção forças israelitas obrigou centenas de deslocados, de doentes que conseguiam andar, como os insuficientes renais que estavam a fazer diálise, a abandonar as instalações do hospital.

Sofia Arêde

As forças israelitas entraram no maior hospital do Sul de Gaza, onde centenas de pessoas procuraram refúgio. Apesar da ordem de evacuação dada por Telavive há dois dias, centenas de pessoas estavam ainda refugiadas no edifício do hospital.

O governo israelita justifica o ataque ao hospital de Khan Younis com os fortes indícios que diz ter de que as instalações hospitalares foram utilizadas pelo Hamas para manter em cativeiro alguns dos reféns e de que haveria corpos de reféns escondidos no edifício.

O porta-voz das forças israelitas reforça que apesar desta intervenção, o hospital deve manter-se em funcionamento e descreve a operação como precisa e limitada.

A intervenção forças israelitas obrigou centenas de deslocados, de doentes que conseguiam andar, como os insuficientes renais que estavam a fazer diálise, a abandonar as instalações do hospital.

Seguiram para sul, para Rafah, onde a cidade de tendas abriga em condições cada vez mais precárias mais de um milhão e meio de pessoas.

A ameaça de uma ofensiva terrestre nesta área colada à fronteira com Egito, levou as autoridades egípcias a reforçar a segurança na fronteira.

No Cairo, prosseguem as negociações possíveis e as visitas de Estado. Depois do presidente turco, chega o presidente do Brasil.

Telavive arrisca o isolamento internacional, numa altura em que no norte de Israel e no Sul do Líbano surge a ameaça de uma nova frente de guerra.

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