Uma delegação do Hamas está no Egito para uma nova ronda de negociações com Israel, segundo Antony Blinken há espaço para o diálogo, apesar de o primeiro-ministro israelita ter recusado a proposta de cessar-fogo do Hamas.
Sobre se será ou não possível chegar-se a um acordo, mesmo depois da recusa da contra proposta do Hamas por Benjamin Nethanyau, o comentador SIC, especialista em estratégia militar, garante que "há duas dimensões deste problema".
"Se por um lado Nethanyau tem uma janela de oportunidade que diminui a cada dia que passa, porque as pressões americanas são cada vez maiores" por outro, "a necessidade do Hamas de garantir a sobrevivência no futuro de Gaza" leva a que o "Hamas tenha que negociar de forma muito cuidadosa como fará a transferência dos reféns", afirmou o comentador.
Segundo Manuel Poêjo Torres, “este é um problema gravíssimo”.
"É possível que para se encontrar uma resolução politica para este conflito seja preciso uma nova politica no centro de Israel, uma substituição do comando politico", uma vez que Nethanyau não cede às propostas feitas pelo Hamas.
“Para Nethanyau e para o governo de coligação o objetivo é destruir o Hamas , garantir a sobrevivência do estado de Israel e garantir que Gaza será governada por um Governo representativo do povo palestiniano”, acrescentou o comentador.
"Não há um plano para a paz e isso é verdadeiramente preocupante" uma vez que “sem plano para a paz acordado entre todas as partes, será muito difícil garantir a sobrevivência e chegar a um acordo de cessar-fogo”
Sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o comentador fez uma análise à entrevista de Putin a um jornalista norte americano, garantindo que se entende perfeitamente o porquê de Putin o ter feito.
“Esta entrevista ficará para a história como um grande exercício de propaganda do Estado Russo, foi sem dúvida nenhuma uma vitória da propaganda política do Kremilin e de Vladimir Putin”, afirmou Manuel Poêjo Torres,
Nesta entrevista "Putin encontrou espaço para continuar a sublinhar aquilo que tem sido as suas grandes marcas" e acabou por “promover que não foi a Rússia que atacou a Ucrânia”, afirmou o comentador, realçando que o presidente russo se defendeu ainda afirmando que a “Rússia se está a proteger a uma expansão ao estilo hostil por parte da Nato”.
O especialista em estratégia militar fez questão de alertar que "é necessário combater este tipo de narrativas".