José Milhazes, comentador da SIC, considera "ridículo" a Europa e os Estados Unidos proibirem a Ucrânia de lançar mísseis ocidentais contra a Rússia. Salienta que é crucial o Ocidente "acordar" para as necessidades de Kiev, como armamento mais moderno.
No Jornal do Dia, José Milhazes dá conta que a Ucrânia conseguiu intercetar apenas 18 mísseis em mais de 50 lançados pela Rússia, que continua a utilizar "todo o tipo de mísseis".
Para o comentador da SIC, é "muito evidente" que a Ucrânia está a poupar nas munições.
"Apenas me resta perguntar o que será preciso que aconteça ainda de mais grave para que o Ocidente finalmente acorde para este conflito e se comporte de forma séria?", questiona.
Sem apoio ocidental, sem armamento, é "claro" que a Ucrânia não consegue travar as forças armadas russas.
Além disso, Moscovo, que tem capacidade para manter a pressão das últimas semanas, percebe que a Ucrânia tem dificuldades em obter armamentos e, dessa forma, sabe que pode "tirar maior proveito", com estragos em infraestruturas militares e energéticas, refere José Milhazes.
O comentador da SIC salienta que é fundamental que a Ucrânia tenha armamento "mais moderno", como mísseis de longo alcance, e que o possa utilizar.
"É ridículo a Europa e os EUA imporem à Ucrânia não lançar mísseis ocidentais contra território russo. A vítima da invasão, a Ucrânia, não se pode defender do invasor? Tem de pedir autorização para utilizar armas de maior alcance", afirma.