A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, diz que realidade da guerra só pode ser alterada com armas, após uma nova vaga de ataques da Rússia.
Declarações de Olena Zelenska na rede social X, antigo Twitter, depois dos ataques desta segunda-feira. Acusa a Rússia de ter atingido infraestruturas civis nas regiões de Kharkiv, Dnipro e Zaporíjia.
"Na manhã mais fria do inverno, o inimigo deixou pessoas desabrigadas. Os bombardeamentos russos danificaram casas e infraestruturas nas regiões de Kharkiv, Dnipro, Zaporíjia e Kmenytsky. Há mortos e feridos, incluindo crianças. Esta é a realidade que só pode ser mudada por armas", escreve.
A Ucrânia tem feito apelos constantes para receber mais armamento dos aliados, nomeadamente dos Estados Unidos. Diz que é a única forma de se poder defender dos ataques russos.
Vaga de ataques russos a cidades ucranianas
Pelo menos quatro pessoas morreram e cerca de 40 ficaram feridas na sequência de uma nova vaga de ataques aéreos lançados esta segunda-feira de manhã pelas forças russas contra várias cidades ucranianas, informaram as autoridades da Ucrânia.
O gabinete do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, especificou que os ataques afetaram as regiões de Kharkiv, Dnipro, Zaporíjia e Kmenytsky.
Segundo a polícia nacional ucraniana, pelo menos uma pessoa morreu e outras 28 ficaram feridas nas cidades de Krivoi Rog e Novomoskovsk, na região de Dnipro.
Em Zaporijia, outras cinco pessoas ficaram feridas e ocorreram danos em infraestruturas civis.
Os ataques russos na região de Khmelnitsky deixaram dois mortos, enquanto em cidades da região de Kharkiv, como Zmiv, foram registados pelo menos uma vítima mortal e seis feridos, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.
O comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, general Valerii Zaluzhnyi, destacou que as defesas aéreas conseguiram abater cerca de oito 'drones' (aeronaves não tripuladas) e 18 mísseis de cruzeiro ao longo da manhã de hoje.
O Governo da Ucrânia condenou esta nova vaga de bombardeamentos e sublinhou que a Rússia pagará por cada uma das pessoas que matou ou feriu nesta guerra, que irá completar dois anos dentro de pouco mais de um mês.