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Avião da Guarda Costeira sem autorização para entrar na pista, confirma Governo do Japão

O acidente vai permitir retirar conclusões sobre a forma como os novos materiais de que são feitos os aviões - fibra de carbono e plástico reforçado - reagem a incidentes catastróficos.

Miguel Franco de Andrade

O Governo do Japão confirma o que as transcrições das comunicações já tinham mostrado. Em momento nenhum a aeronave da Guarda Costeira japonesa teve permissão para entrar na pista em que aterrava o airbus A 350 da Japan Airlines.

No interior do aparelho, sabe-se agora, o sistema de comunicação com os passageiros e com o cockpit ficou danificado. Coube à equipa de comissariado de bordo avisar os três pilotos - que não sabiam - que o avião estava a arder e de viva voz dar as indicações claras e calmas aos 364 passageiros para que aguardassem sentados e sem levar bagagem de mão.

Desde a colisão até à saída do último passageiros passaram 18 longos minutos. 90 segundos dos quais a retirar os ocupantes através das mangas insufláveis.

“Não é habitual uma ver uma retirada demorar, penso eu, menos de dois minutos, e multo frequentemente demora mais do que isso. Acho que temos de perceber que, no mundo real, as pessoas comportam-se por motivos que sentido para elas (..) e é provável que queiramos levar os nossos pertences”, explicou o especialista em aeronáutica Tim Atkinson.

O acidente do Japão também vai permitir retirar conclusões sobre a forma como os novos materiais de que são feitos os aviões - fibra de carbono e plástico reforçado - reagem a incidentes catastróficos.

Os envolvidos na investigação estão já os fabricantes europeus da Airbus. Os EUA vão ajudar a recuperar as gravações de segurança das aeronaves.

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