Perto de 50 pessoas morreram no terramoto que atingiu a costa oeste do Japão esta segunda-feira. As buscas por sobreviventes decorrem numa corrida contra o tempo por causa das baixas temperaturas que se registam na região. Cerca de 100 casas e lojas na zona mais atingida arderam por causa das fugas de gás, muitas outras ruíram ou ficaram inabitáveis.
No momento em que a terra começou a tremer no Japão, um grupo de peregrinos visitava um templo Xintoísta. Em troca dos desejos para o novo ano, levaram para casa um susto que dificilmente vão esquecer.
Ainda assim, foram dos muitos que tiveram sorte e escaparam ao pior.
A maioria das vítimas vivia em edifícios que simplesmente ruíram ou ficaram em cinzas, devido à fuga de gás das condutas que ficaram a céu aberto.
No município de Ishikawa, um dos mais atingidos, há pelo menos 100 prédios e lojas que arderam. O centro da localidade foi pintado de negro dum momento para o outro.
Há cidades mais isoladas e mais perto do epicentro onde o nível de destruição pode ser bem maior. A procura de sobreviventes pede pressa, mas temperaturas na região chegam abaixo de zero, nesta altura do ano.
Quem sobreviveu para contar a história põe agora mãos à obra para recuperar o que o sismo desfez.
O abalo provocou um ligeiro tsunami que foi registado várias vezes, não só nas câmaras de videovigilância, mas também por alguns que seguiam perto.
Vários centros de acolhimento foram de imediato abertos não só para quem perdeu tudo mas também para quem tem medo de voltar a casa. Mais de 32 mil famílias na região permanecem sem luz.
Várias estradas importantes foram fechadas em redor do epicentro. As viagens de comboio rápido para Tóquio estão igualmente suspensas.
Mais de 200 réplicas foram já contadas depois do abalo desta segunda-feira que atingiu os 7.6 na escala de richter.