A Organização Mundial da Saúde (OMS) apelou esta terça-feira ao mundo para se preparar melhor para futuras pandemias. Na rede social X (antigo Twitter), o diretor-geral da OMS instou os países a chegarem a um acordo para se prepararem, de modo a conseguirem tomar medidas atempadas da próxima pandemia.
Depois de finalmente pôr fim a três anos de “crise, sofrimento e perdas” ligados à covid-19 em 2023, “o mundo deve preparar-se adequadamente para futuras pandemias”, disse o diretor-geral da OMS.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, sublinhou que este ano marcou uma viragem na luta contra os principais problemas de saúde, mas que também houve "um sofrimento imenso que teria podido ter sido evitado".
Na sua mensagem de final de ano, Tedros apelou a uma intensificação dos esforços humanitários para a Faixa de Gaza e instou os países a chegarem a um acordo "excelente" para preencher as lacunas de preparação no caso de uma futura pandemia.
“O ano de 2024 oferece uma oportunidade única para colmatar estas lacunas”, disse, lembrando que os países estão a negociar o primeiro acordo global sobre ameaças pandémicas.
“O acordo pandémico foi concebido para colmatar as lacunas na colaboração, cooperação e justiça”, acrescentou.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, que em maio elevou para o mais alto nível de alerta sobre a pandemia de covid-19, acredita agora que esta está suficientemente sob controlo.
"Isto marcou um ponto de viragem para o mundo após três anos de crise, sofrimento e perdas para pessoas de todo o mundo. Estou feliz por ver que a vida voltou ao normal", disse o chefe da OMS na sua mensagem de vídeo.
Varíola dos macacos (mpox)
A OMS também suspendeu o alerta semelhante para mpox (também denominado de varíola dos macacos) em maio de 2023, declarando o fim da emergência de saúde pública internacional para a doença, o mais alto nível de alerta, em vigor desde julho de 2022.
Paralelamente, agência de saúde da ONU aprovou novas vacinas contra a malária, dengue e meningite, lembrou Tedros.
Entretanto, o Azerbaijão, o Belize e o Tajiquistão foram declarados livres da malária.
O diretor-geral da OMS congratulou-se ainda com o facto de, durante a última COP28, terem sido destacados os impactos das alterações climáticas na saúde.
“Bárbaros” ataques em Gaza
O chefe da OMS descreveu como “bárbaros” os ataques do Hamas contra Israel “que desencadearam um ataque devastador a Gaza”.
Acrescentou que “os esforços de ajuda e humanitários estão muito aquém de satisfazer as necessidades do povo de Gaza”, reiterando o apelo da OMS a um cessar-fogo imediato.
Sobre o ressurgimento da cólera, com um número recorde de mais de 40 surtos epidémicos em todo o mundo, indicou que a situação é “particularmente preocupante”.
[Com agências]