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COP (ainda) sem acordo sobre texto final devido a proposta pouco ambiciosa

A 28.ª Conferência das Partes (COP28) da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas termina esta terça-feira. As energias fósseis são responsáveis por dois terços das emissões de gases com efeito de estufa, que estão na origem do aquecimento global.

MARTIN DIVISEK

SIC Notícias

Lusa

Ainda não há acordo sobre o texto final da Cimeira do Clima. Vários países consideram que a proposta é pouco ambiciosa.

O rascunho pede apenas uma redução das emissões dos combustíveis fósseis. Não propõe um caminho claro para se atingir a eliminação dos combustíveis.

O texto de 21 páginas não fixa qualquer objetivo comum de "saída" do petróleo, do gás e do carvão, como constante das versões anteriores.

A 28.ª Conferência das Partes (COP28) da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas termina esta terça-feira.

De acordo com o enviado dos Estados Unidos, John Kerry, esta é a última oportunidade para se manter o objetivo de reduzir o aquecimento global até à meta dos 1,5 graus.

"É a última COP onde temos a possibilidade de manter vivo o objetivo de 1,5" graus Celsius (ºC), o objetivo mais ambicioso do Acordo de Paris", disse o enviado dos EUA, John Kerry, perante os seus homólogos, durante a sessão que acabou por volta de 02.30 de terça-feira (23.30 de Lisboa).

Aquecimento global

As cimeiras do clima destinam-se a lutar contra o aquecimento global e a impedir que as temperaturas subam além de 2°C, ou de preferência não ultrapassem os 1,5°C em relação à época pré-industrial.

O petróleo e o gás, em conjunto com o carvão, são das principais causas do aquecimento global.

As energias fósseis são responsáveis por dois terços das emissões de gases com efeito de estufa, que estão na origem do aquecimento global e do seu cortejo de catástrofes, como secas, vagas de calor e inundações.

Em relação à temperatura média global da era pré-industrial, o aquecimento poderia superá-la em 1,5 ºC já na próxima década, se as emissões de gases com efeito de estufa não forem reduzidas em 43% até lá em relação a 2019.

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