Na cimeira do clima, no Dubai, apesar de um último apelo de António Guterres houve um recuo no rascunho de acordo apresentado pela presidência da COP28.
Os representantes da União Europeia nas negociações rejeitaram esta segunda-feira a proposta, considerando que o texto contém elementos que “são completamente inaceitáveis”. Os enviados especiais da SIC explicam o impacto que esta decisão está a ter.
“A União Europeia, que é um dos principais blocos nas negociações, disse que assim como estava a ser apresentado o acordo não ia assinar”, começou por dizer.
No primeiro rascunho divulgado esta segunda-feira deixava de fora a principal medida imposta por ambientalistas, líderes e organismos mundial: um pacto que determine o fim da dependência dos combustíveis fósseis até 2050. O que surge no programa é compromisso para os países reduzirem as suas emissões de gases poluentes.
"Há três dias a proposta apresentada no último rascunho falava numa eliminação progressiva e não num fim da dependência dos combustíveis fósseis. Nesta nova proposta, sai praticamente toda a linguagem forte sobre os combustíveis fósseis, como o petróleo, carvão e gás natural. Aquilo que aparece agora é um compromisso para os países reduzirem as suas emissões de gases poluentes", acrescentou.
Depois da COP28 no Dubai, segue-se a COP29 no Azerbaijão
Apesar desta cimeira, que está a decorrer no Dubai, ainda não ter terminado já foi anunciada a próxima: será no Azerbaijão.
A proposta foi aprovada esta segunda-feira em plenário. Baku vai receber a COP 29, de 11 a 22 de novembro do próximo ano. É mais uma escolha polémica, porque o Azerbaijão produz petróleo e gás e é acusado de violar os direitos humanos e cometer genocídio em Nagorno Karabah, um território disputado pela Arménia.