A Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28) também está a ser marcada pela guerra na Faixa da Gaza. Muitos ativistas e organizações não governamentais juntaram a causa palestiniana à ambiental, como contam os enviados da SIC ao Dubai.
Nas últimas duas semanas, os delegados de quase 200 países sentaram-se nesta sala para o debate oficial. A um dia do fim, foi a vez da sociedade civil, que se juntou no plenário do povo.
Poucas horas depois de representar a Palestina, a ativista Hannen Lufti Jarrar ainda estava emocionada.
“Esta canção foi escrita para as crianças de Gaza e fala sobre o medo sob o qual vivem muitas crianças, sobretudo em Gaza, porque há bombardeamentos indiscriminados até neste preciso momento”, afirma Hannen Lufti Jarrar.
A psicóloga foi uma das ativistas que nesta cimeira do clima juntou a causa palestina à do ambiente
“Mas os Direitos Humanos e a justiça climática estão muito interligados. Por isso, fiquei muito contente por podermos falar hoje e por termos a oportunidade de sermos ouvidos, porque a questão da ocupação e do apartheid na Palestina faz parte dos Direitos Humanos”, acrescenta.
Desde o início da cimeira que centenas de pessoas circulam com os lenços tradicionais da palestina, no centro de exposições do Dubai, num posicionamento claro de ativistas e organizações não governamentais.
Apesar das limitações do regime do Dubai, todos os dias houve protestos dentro do recinto da cimeira do clima, tendo-se ouvido a defesa de várias causas, inclusive as contestadas pelos ambientalistas, como é o caso da energia nuclear.
Lado a lado com os protestos de associações e organizações não governamentais, pelo menos 2500 lobbistas da indústria de combustíveis fósseis, o que representa um número recorde, mas que a organização estima se que tenham sido mais.