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Essequibo: Guiana diz que referendo é ameaça à soberania

Dois dias depois do referendo que decidiu a anexação de dois terços da Guiana, Caracas anunciou medidas para explorar o gás e o petróleo do país vizinho, onde existe a quarta maior reserva do mundo.

Aurélio Faria

O forte de Tiúna, a maior base militar de Caracas, foi o local escolhido pelo presidente Nicolás Maduro para anunciar a criação do novo estado da Venezuela.

Dois dias depois do referendo que decidiu a anexação do território de Essequibo, que ocupa 75% da vizinha Guiana, o regime venezuelano avança já para o passo seguinte: a exploração da quarta maior reserva de petróleo e gás do mundo.

Na Guiana, o referendo foi já considerado uma ameaça à soberania, e uma violação do estabelecido pelo Tribunal Internacional de Justiça que julga um diferendo com quase dois séculos.

Na antiga colónia britânica, a exploração de crude, e também de gás, em terra e no mar, inverteu já a pobreza dos 700 mil habitantes e tornou este pequeno país da América do Sul recordista de crescimento económico,

Na Venezuela, com o referendo à anexação de Essequibo, dizem já os analistas, Nicolás Maduro criou uma manobra de diversão política e mobilizou apoio popular a poucos meses das eleições que o podem afastar do poder.


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