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Acordo entre Israel e o Hamas para libertação de reféns pode estar em causa

O ministro da Segurança Nacional de Israel garante estar "muito preocupado" com o facto de os detalhes exatos de um potencial acordo não estarem a ser divulgados.

CHRISTOPHE PETIT TESSON

SIC Notícias

Ben Gvir, ministro israelita da Segurança Nacional, diz que o acordo para a libertação de reféns entre Israel e o Hamas pode não se concretizar.

Ben-Gvir garante estar "muito preocupado" com o facto de os detalhes exatos de um potencial acordo não estarem a ser divulgados e de os membros do Governo "não estarem a ser verdadeiramente informados".

"Os rumores são de que Israel vai voltar a cometer um grande erro, semelhante ao acordo [de 2011] com Shalit", refere Ben Gvir, citado pelo Jewish News Syndicate, que se refere ao acordo que permitiu a libertação de mil prisioneiros palestinianos, incluindo o atual chefe do Hamas em Gaza, Yahyah Sinwar, em troca do soldado israelita Gilad Shalit, que passou mais de cinco anos em cativeiro.

O Hamas também terá exigido que Israel não utilize drones de vigilância durante o eventual período de tréguas.

A troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos deveria acontecer de forma faseada, mas não total, e incluía um cessar-fogo temporário na Faixa de Gaza.

Hamas tinha admitido que “acordo de trégua” podia estar para breve

O Hamas tinha já anunciado, esta terça-feira, que se aproximava da "conclusão de um acordo de tréguas" na Faixa de Gaza.

"O movimento [Hamas] deu a sua resposta aos irmãos do Qatar e aos mediadores. Estamos a aproximar-nos da conclusão de um acordo de tréguas", disse Haniyeh, citado numa breve mensagem publicada na conta do movimento palestiniano na plataforma Telegram.

De acordo com fontes do Hamas e da Jihad Islâmica, o segundo maior grupo islamista armado palestiniano, citados pela agência France-Presse (AFP), os dois movimentos aceitaram um acordo e os pormenores devem ser anunciados pelo Qatar e pelos mediadores do conflito

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