Mundo

"Ataques israelitas contra milhares de inocentes em Gaza são injustificáveis", defende Putin

O Presidente russo, que analisou a situação no Médio Oriente no início da reunião extraordinária com as agências de segurança, lamentou que Israel tenha escolhido "vingar-se de acordo com o princípio da responsabilidade coletiva".

SPUTNIK/Reuters

SIC Notícias

Lusa

O Presidente russo, Vladimir Putin, defendeu esta segunda-feira que "não podem ser justificados de forma alguma" os bombardeamentos israelitas contra "centenas de milhares de inocentes" na Faixa de Gaza, após mais de três semanas de conflito entre Israel e Hamas.

"Os terríveis acontecimentos que acontecem em Gaza, quando exterminam indiscriminadamente centenas de milhares de pessoas inocentes que não têm para onde ir ou se esconder dos bombardeamentos, não podem ser justificados de forma alguma", frisou.

Putin, que analisou a situação no Médio Oriente no início da reunião extraordinária com as agências de segurança, convocada após os motins antissemitas que ocorreram no domingo à noite com a invasão de um aeroporto na república russa do Daguestão, de maioria muçulmana, lamentou que Israel tenha escolhido "vingar-se de acordo com o princípio da responsabilidade coletiva".

"Quando olhamos para as crianças ensanguentadas, para as crianças mortas, para como as mulheres e os idosos sofrem, para como os médicos morrem, é claro, cerramos os punhos e os olhos enchem-se de lágrimas", destacou.

O chefe de Estado russo acusou também os Estados Unidos e "os seus satélites" de serem "os principais beneficiários da instabilidade global", considerando que Washington "não precisa de uma paz duradoura na Terra Santa".

"[Os EUA] Precisam de um caos permanente no Médio Oriente. É por isso que desacreditam os países que insistem num cessar-fogo imediato em Gaza para parar o derramamento de sangue", frisou.

Putin relacionou a escalada de violência entre israelitas e palestinianos com o fracasso da política dos EUA, ao ignorar as aspirações palestinianas e monopolizar o processo de paz.

Últimas