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EUA: Mike Johnson dá prioridade ao apoio a Israel mas "não vai abandonar" a Ucrânia

O novo líder da Câmara dos Representantes sublinha que os EUA devem “estar ao lado” do “importante aliado no Médio Oriente”. Garantiu, no entanto, que Washington "não vai abandonar" a Ucrânia.

J. Scott Applewhite

Lusa

O novo líder da Câmara dos Representantes dos EUA, o republicano Mike Johnson, garantiu na quinta-feira que Washington "não vai abandonar" a Ucrânia, mas defendeu que a prioridade deve ser apoiar Israel contra o Hamas.

Johnson disse que os republicanos da câmara baixa do parlamento norte-americano apresentariam primeiro um projeto de lei separado para fornecer 14,5 mil milhões de dólares (13,7 mil milhões de euros) em ajuda a Israel.

"Devemos estar ao lado do nosso importante aliado no Médio Oriente e este é Israel", disse o conservador, no programa "Hannity" da televisão norte-americana Fox News.

Johnson disse que os republicanos precisam de mais informações sobre a estratégia da administração do Presidente dos EUA, Joe Biden, para a Ucrânia, mas garantiu que Washington "não vai abandonar" Kiev.

"Não podemos permitir que [o Presidente da Rússia] Vladimir Putin prevaleça na Ucrânia porque não acredito que isso iria parar aí", disse o líder da Câmara dos Representantes.

As declarações de Johnson surgiram horas depois de uma reunião com Joe Biden e o líder dos democratas na câmara baixa do Congresso, Hakeem Jeffries.

O motivo da reunião foi o pedido de 160 mil milhões de dólares (151,5 mil milhões de euros) apresentado por Biden ao parlamento para assistência a Israel e Ucrânia e outras questões de segurança nacional.

Johnson, próximo de Donald Trump e advogado especializado em assuntos constitucionais, tem mostrado pouco interesse em apoiar a Ucrânia na sua resistência à invasão feita pelas tropas russas.

Biden reuniu-se brevemente com Johnson e Jeffries antes de os líderes da Câmara dos Representantes se juntarem a uma reunião classificada com outros congressistas sobre o pacote de assistência, de acordo com um dirigente da Casa Branca.

"Foi uma reunião produtiva", disse Johnson, depois de regressar ao Capitólio. "Gostei do meu encontro com o Presidente", revelou o cristão evangélico, eleito pelo Estado do Luisiana, que é congressista há menos de uma década.

A reunião foi a primeira vez que o novo líder da Câmara dos Representantes recebeu uma apresentação privilegiada por parte de dirigentes da Casa Branca sobre a pretensão de Biden.

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