Donald Trump comparou-se a Nelson Mandela, durante um discurso de campanha, em New Hampshire, nos Estados Unidos. A comparação surgiu do facto do ativista sul africano ter passado 27 anos preso por se opor ao sistema do Apartheid. Trump, que enfrenta vários processos judiciais, diz estar a ser perseguido por questões políticas.
“Eu não me importo de ser como Nelson Mandela porque estou a fazer isto por uma razão”, disse o antigo Presidente dos Estados Unidos, citado pela Sky News – parceira da SIC Notícias. “Nós temos de salvar o nosso país destes fascistas, destes lunáticos com quem estamos a lidar. Eles são pessoas horríveis e estão a destruir o nosso país.”
Trump enfrenta quatro processos-crime nos Estados Unidos e vários processos civis. Está a ser julgado por ter inflacionado o seu capital, por ter usado dinheiro da campanha eleitoral de 2016 para pagar subornos para a mulheres, por ter guardado documentos confidenciais no seu clube e por ter ilegalmente tentado reverter a derrota eleitoral em 2020.
Apesar disso, Donald Trump procura regressar à Casa Branca, apresentando-se como candidato às primárias republicanas. O discurso surgiu depois de Trump se ter formalmente proposto a votação nas primeiras primárias do país no estado de New Hampshire.
Além de se comparar a Nelson Mandela, Donald Trump aproveitou o momento para criticar a posição de Joe Biden em relação ao conflito no Médio Oriente. Afirma que o discurso de Biden foi “uma grotesca traição a Israel” e “um dos mais perigosos e iludidos discursos alguma vez proferidos a partir da Sala Oval [na Casa Branca]”.
O período para formalizar as candidaturas às primárias republicanas decorre até sexta-feira, sendo esperados dezenas de candidatos. Para se inscrever, cada candidato terá de cumprir os requisitos para ser Presidente, preencher um formulário e pagar uma taxa de 1.000 dólares (940 euros).