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Quem atacou, afinal, o hospital em Gaza? Nem peritos dão respostas claras

É provável que, a curto prazo, ninguém vá saber quem foi o responsável pela explosão no parque de estacionamento do hospital Al-Ahli. Conheça aqui as diferentes perspetivas.

SIC Notícias

Israel reafirma que não bombardeou o hospital de Gaza e que tem provas de que foram os próprios palestinianos, mas os argumentos israelitas não convencem o mundo Árabe. Países como o Irão dizem mesmo que o Estado de Israel devia acabar.

Apesar de ter negado responsabilidades no ataque ao Hospital em Gaza, Israel continua a ser acusado da morte de centenas de pessoas, não só pelos palestinianos.

Muitos no mundo islâmico insistem em apontar o dedo às forças armadas israelitas. O Irão antecipa inclusive o fim do Estado de Israel depois do que aconteceu.

É provável que, a curto prazo, ninguém vá saber quem foi o responsável pela explosão no parque de estacionamento do hospital Al-Ahli.

A BBC contactou duas dezenas de peritos. Uns não quiseram responder, de outros ainda se espera uma resposta e, quem a deu, não é capaz de chegar a uma conclusão clara.

Na prática, os argumentos de Israel, já aceites pelos Estados Unidos, parecem bater certo. As forças armadas israelitas divulgaram um vídeo feito com um drone para os reforçar.

Não há junto ao hospital qualquer vestígio duma cratera habitualmente provocada pelo tipo de armamento que os Israelitas usam em Gaza.

Os edifícios ao redor não estão danificados. Há quem admita ainda assim que outro tipo de munição, como um míssil disparado a partir dum drone, possa ter sido utilizado.

Mas, até agora, o Hamas não mostrou sequer qualquer vestígio do que atingiu as imediações do hospital, sendo que Israel insiste tratar-se dum rocket lançado pela Jihad Islâmica que caiu pouco depois de ter sido disparado.

O que é certo, também, é que o hospital, tal como outros em Gaza, tinha recebido um aviso claro para que as pessoas abandonassem as instalações.

Os funerais de alguns dos que faleceram na explosão junto ao hospital somam-se entre os demais por todo o território. Quem vive perto não há de esquecer o que viu.

O Ministério da Saúde em Gaza fala em cerca de 470 mortos na explosão junto ao hospital, mas este departamento é gerido pelo Hamas.

Israel diz que o número de vítimas foi inflacionado, mas nem sequer apresentou uma estimativa. Sem acesso ao local de organizações independentes é praticamente impossível saber ao certo quantos morreram.

Um serviço de informação europeu admitiu à agência France Press que o número pode ficar por algumas dezenas de mortos e não centenas.

Os responsáveis pela gestão do hospital Al-alhi, em Gaza, garantem que vai continuar de portas abertas.

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