O ataque a um hospital em Gaza “é uma claríssima violação do direito internacional”, afirma Pedro Neto, da Amnistia Internacional, salientando o a importância do procurador Tribunal Penal Internacional que tem um mandato para investigar crimes de guerra que estão a ser cometidos por ambas as partes.
“É uma claríssima violação do direito internacional humanitário. As infraestruturas civis essenciais, como é o caso de um hospital, e os ataques indiscriminados a civis não podem acontecer”.
“Não há qualquer dúvida em dizer que quem cometeu este ato cometeu um crime de guerra”.
O Exército Israelita atribuiu a responsabilidade à Jihad islâmica no ataque que terá provocado centenas de mortos. Pedro Neto salienta a importância do procurador Tribunal Penal Internacional que tem um mandato para investigar crimes de guerra que estão a ser cometidos por ambas as partes.
“É muito importante que [o procurador] esteja no terreno e que tenha condições para trabalhar, porque agora o que estamos a assistir é um passa culpas e só com tempo e com muita investigação é que, de facto, se pode perceber quem é que cometeu este crime, como todos os outros que têm sido cometidos. Nada disto é novo, infelizmente, do que se está a passar”.
Israel pediu aos palestinianos de Gaza que fossem para sul do território para avançarem com uma ação militar no norte.
“O termo 'deslocação forçada” é, por si só, um crime de guerra. Não é permitida a transferência forçada ou a deslocação forçada de civis. É voluntária porque, se não saem, podem correr o risco de serem serem atingidos neste conflito".
A falta de um corredor humanitário e a limitação de entrada de ajuda
“Até este momento há aqui 2 limitações, a falta de um corredor humanitário eficaz e que também utilize o portão que faz fronteira com o Egito”
Um corredor humanitário serve para entrar ajuda humanitária e estas pessoas saem de suas casas vão necessitar ainda mais de ajuda humanitária porque estão a deslocadas e todas concentradas no na zona sul da Faixa de Gaza.
“O corredor, além de ter um sentido de entrada de ajuda humanitária, tem que ter um sentido de saída para quem quiser um sair.”
Com os ataques, a ajuda humanitária fica condicionado, todo o trabalho das equipas de organizações que querem ir para o terreno estar ajuda esta população,
“Se as infraestruturas que existem no terreno, deixarem de existir, vão ter que montar todas as infraestruturas de raiz e isso dificulta muito mais as operações do trabalho humanitário. É por isso que as Convenções de Genebra e aquilo que entendemos por direito Internacional humanitário tem que ser respeitados nos conflitos, que é para minimizar os efeitos catastróficos dos conflitos e a e a perda imensa de vidas civis, inocentes, tanto de um lado como do outro”.