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Preparação do Hamas "durou dois anos e o objetivo foi adormecer Israel"

O correspondente da SIC em Israel, Henrique Cymerman, faz o ponto de situação do conflito e descreve aquilo que o rodeia: dezenas de milhares de reservistas israelitas que se preparam para combater, caso avancem sobre Gaza.

Henrique Cymerman

SIC Notícias

Henrique Cymerman, correspondente da SIC em Israel, está em Netivot, local de onde relata o cenário de guerra que o rodeia. O jornalista admite que os dias que se avizinham "serão bastante difíceis".

Henrique Cymerman começa por descrever aquilo que vê: dezenas de milhares de soldados, alguns dos quais reservistas de quarenta e cinquenta anos, bem como dezenas de tanques.

Estes reservistas aguardam luz verde de Jerusalém para avançar sobre Gaza. O jornalista destaca ainda o facto de os EUA terem prometido, esta quinta-feira, através de Blinken, reforçar o apoio militar a Israel.

Há vítimas de, pelo menos, 35 nacionalidades

O Egito e o Qatar estão "a tentar adiantar" uma negociação entre o Hamas e Israel, mas o correspondente sublinha que muitas das vítimas do Hamas tinham dupla nacionalidade - adianta que há vítimas de, pelo menos, 35 nacionalidades -, por isso, refere que esta é uma situação de interesse internacional que não será de fácil resolução.

"Há poucos minutos, um líder do Hamas reconheceu o seguinte: só quatro ou cinco pessoas sabiam o que eles [Hamas} iam fazer porque temiam infiltrações. Os serviços secretos israelitas estão muito dentro do Hamas", aponta.

“A preparação durou dois anos e o objetivo foi adormecer Israel”

O jornalista explica também que o grupo terrorista se preparou durante bastante tempo para este golpe:

"A preparação durou dois anos e o objetivo foi adormecer Israel nos últimos dois anos, dando a impressão de que o Hamas tinha abandonado a resistência contra Israel e, de repente, fizeram esta operação".

O correspondente da SIC termina dizendo que os dias que virão serão "bastante difíceis".

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