A sinagoga Kandoorie, no Porto, foi vandalizada esta quarta-feira. No muro e no portão que evolvem o edifício foi escrito “libertem a Palestina” e “acabem com o Apartheid de Israel”. A polícia já esteve no local.
O ato de vandalismo surge na sequência do escalar do conflito israelo-palestiniano, depois dos ataques surpresa do grupo rebelde Hamas, no passado sábado. Segundo o balanço mais recente, mais de 1.200 israelitas e 1.000 palestinianos morreram nos últimos.
Em declarações à agência Lusa, a Câmara Municipal do Porto disse estar desde as 12:00 a proceder à limpeza do portão e muro da sinagoga.
Israelitas de Lisboa condenam mensagens
Em comunicado publicado na rede social Facebook, a Comunidade Israelita de Lisboa (CIL) afirma que em "Portugal não há espaço nem lugar para intolerância e para o ódio".
"Os atos de barbárie e de terrorismo praticados pelo Hamas foram e são desumanos e não devem ser confundidos com a causa palestiniana. Não confundimos os terroristas com o povo palestiniano. Não seremos intimidados", realça.
Considerando o ato de vandalismo revoltante e confiando nas autoridades portuguesas, a CIL adiantou que os autores devem responder "exemplarmente pelos crimes de ódio perante a justiça".
"Não estamos perante um ato de liberdade de expressão. Estamos no domínio da ofensa, do antissemitismo, do antissionismo e do ataque a uma comunidade religiosa e de pessoas pacíficas. O aproveitamento político do massacre e mutilação cruel de milhares de pessoas é simplesmente abjeto e por isso estamos solidários com a comunidade judaica vítima desta ação deplorável", acrescenta.
A sinagoga do Porto - a maior da Península Ibérica - foi hoje vandalizada com inscrições "Libertem a Palestina" no muro e no portão.
Com LUSA
Notícia atualizada às 14:02