O secretário de Estado norte-americano planeia visitar Israel esta quinta-feira, num sinal de "solidariedade" para com o país. Antony Blinken deverá reunir-se com altos funcionários israelitas. Germano Almeida destaca este claro apoio dos Estados Unidos a Israel e sublinha também a posição da União Europeia face ao apoio à Autoridade Palestiniana, assim como o que se pode esperar da ofensiva israelita.
A deslocação de Blinken a Israel demonstra "o total apoio dos Estados Unidos em Israel", depois do Presidente norte-americano se ter manifestado "particularmente chocado com os relatos horríveis daquilo que se passou nos últimos dias. Netanyahu ao telefone com Biden disse claramente - atos de selvajaria só comparáveis àquilo que aconteceu no Holocausto e disse que eles, os combatentes do Hamas, são piores que o Estado Islâmico", diz o comentador da SIC.
UE condena cerco total a Gaza
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse esta terça-feira que Israel tem o direito de defender o seu território, alertando, no entanto, que as decisões de Telavive têm de respeitar a lei internacional e os direitos humanos.
A União Europeia (UE) condena o cerco total a Gaza e depois de, numa primeira fase, ter retirado o apoio à Autoridade Palestiniana, recuou nessa decisão. Germano Almeida considera que a UE "corrigiu um acerta precipitação inicial".
"Na Faixa de Gaza, sem a ajuda da União Europeia, grande parte da população não teria sequer acesso a água e outro tipo de bens essenciais. Numa primeira reação a União Europeia, depois dos primeiros relatos do que o Hamas fez no sábado, anunciou o corte na ajuda humanitária à Autoridade Palestiniana. Fundamental foi a reação de países como a França, como a Espanha, a dizer isso é errado, porque é confundir toda a Palestina com os atos de terrorismo do Hamas", explica o comentador da SIC.
"Isto não é uma guerra contra os palestinianos, é uma guerra contra os terroristas", destaca, citando a posição dos EUA e mesmo de Israel.
“Nada será como dantes”, anuncia ministro israelita
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Galant, anunciou uma "ofensiva total a Gaza" e que "nada será como dantes".
Galant "citou o massacre de Kfar Aza, um dos kibutz atingidos em que os últimos relatos apontam para pelo 200 pessoas executadas, incluindo bebés com situações absolutamente inacreditáveis de decapitações, torturas, e claramente esses relatos estão a aumentar aquilo que será um tipo de reação israelita", sublinha Germano Almeida.
O comentador da SIC adianta ainda que além de bombardeamentos, tudo indica que haverá também uma ofensiva terrestre e, nesse sentido, é também relevante o apoio dos EUA e o fator de dissuasão para que o conflito não alastre na região.