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60% dos feridos são mulheres e crianças

Milhares de famílias estão agora abrigadas em escolas e hospitais das Nações Unidas e não terão uma casa para onde regressar no final da guerra.

Sofia Arêde

Telavive cortou o abastecimento de energia e de bens essenciais ao território palestiniano que está agora cercado, sem eletricidade e quase sem água nem alimentos.

Cinco dias depois do início dos bombardeamentos aéreos em Gaza, há bairros inteiros que desapareceram deste pequeno território onde vivem 2,2 milhões de palestinianos. De acordo com as estimativas das Nações Unidas, quase metade desta população tem menos de 14 anos.

Não é por isso surpreendente que entre as vítimas dos bombardeamentos e do bloqueio de Israel estejam tantas crianças.

Milhares de famílias estão agora abrigadas em escolas e hospitais das Nações Unidas e não terão uma casa para onde regressar no final da guerra.

Não há, pelo menos para a esmagadora maioria da população, abrigos subterrâneos. As condições são precárias e estão a agravar-se a cada novo bombardeamento e a cada minuto que passa.

Israel divulgou imagens de alguns dos ataques das últimas horas e diz estar a atuar no total cumprimento da lei internacional escrita para salvaguardar da vida de civis em tempos de guerra.

Justifica as ações militares com a necessidade de esmagar o Hamas, mas para estes palestinianos e ativistas pelos direitos humanos, Israel está a tentar varrer os palestinianos do mapa da Palestina.

Aos bombardeamentos aéreos somam-se ataques de artilharia que antecipam a ameaça de uma ofensiva terrestre israelita na Faixa de Gaza.

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