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Preço do petróleo sobe por causa do conflito israelo-palestiniano

A guerra entre Israel e o Hamas está a levar a uma subida do preço do petróleo. Os mercados temem que o conflito afete a capacidade dos países do Médio Oriente em manterem o fornecimento.

Teresa Canto Noronha

Israel e Palestina não são produtores de petróleo. Mas estão numa região - o Médio Oriente - que é responsável por um terço de toda a produção mundial. Nas bolsas asiáticas, às primeiras horas desta segunda feira, o preço do barril já subiu quase três euros.

A tensão entre Israel e o Hamas está a provocar receios de que o Médio Oriente não consiga manter o ritmo de fornecimento necessário para garantir o equilíbrio dos mercados.

O Brent saltou 4,7% para mais de 82 euros, e o West Texas Intermediate subiu para quase 84 euros.

Os analistas dizem que a instabilidade geopolítica vai, seguramente, levar a uma maior volatibilidade no preço dos combustíveis. A subida das últimas horas contraria a tendência da semana passada, quando se atingiu o valor mais baixo desde março.

Irão e Arábia Saudita na rota do conflito?

Existe o receio de que um conflito armado se possa estender ao Irão ou à Arábia Saudita.

O Irão é um conhecido apoiante do Hamas que, apesar de todas as sanções internacionais, sobretudo por parte dos Estados Unidos, tem vindo a produzir e exportar cada vez mais barris de petróleo.

Uma guerra que envolvesse Teerão colocaria em causa uma parte importante do fornecimento mundial.

A Arábia Saudita mostrou-se disponível para aumentar a produção nos próximos anos, o que ajudaria a estabilizar os preços. Mas isso foi na sexta-feira, horas antes do ataque do Hamas e da consequente retaliação israelita.

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