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Combates continuam em Gaza, Israel afirma ter detido um comandante do Hamas

O Hamas diz que os combates continuam perto da faixa de Gaza, enquanto os israelitas reivindicam captura de alta patente - um comandante do grupo islâmico palestiniano.

Fatima Shbair

SIC Notícias

Lusa

Um responsável do Hamas indicou no domingo que prosseguem os combates com tropas israelitas perto da fronteira norte da Faixa de Gaza, enquanto um porta-voz militar de Israel reivindicava a detenção de um comandante do grupo islâmico palestiniano.

Abu Obeida, porta-voz das brigadas Izz ad-Din al-Qassam, a ala militar do Hamas, afirmou que os combates com as forças israelitas prosseguiam em várias zonas, incluindo na cidade de Zikim, e nos 'kibutz' de Sufa e Mefalsim, e reivindicou a captura pelos seus combatentes de um novo grupo de israelitas.

Através de uma declaração divulgada no domingo, Abu Obeida garantiu que membros do Hamas mataram ou feriram um grande número de soldados israelitas na localidade de Mavki'im, a sul da cidade de Ashkelon.

Por sua vez, um destacamento das forças especiais da Marinha israelita capturou Muhammad Abu Ghali, subcomandante da divisão sul da força naval do Hamas em Gaza, informou um porta-voz militar de Israel.

O responsável militar do Hamas foi detido e está a ser interrogado pelas forças de segurança israelitas, indicou o mesmo porta-voz.

Operação “Tempestade al-Aqsa”

O grupo islâmico palestiniano Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE).

O mais recente balanço do Ministério da Saúde palestiniano registava, no domingo, 413 mortos devido aos ataques aéreos israelitas em Gaza, o que elevava para mais de 1.100 o total de mortes nos dois lados dos confrontos armados iniciados no sábado.Segundo o ministério, citado pela agência espanhola EFE, entre os 413 mortos estavam 78 menores e 41 mulheres.

Nas últimas horas foram atacadas duas torres na cidade de Gaza, admitindo-se que o balanço possa aumentar. A estas vítimas somavam-se os mais de 700 mortos do mais recente balanço do Ministério da Saúde de Israel, também divulgado no domingo.

O elevado número de mortos confirmado em pouco mais de 24 horas não tem precedentes na história de Israel, apenas comparável à sangrenta primeira guerra árabe-israelita de 1948, após a fundação do Estado de Israel.

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