Cerca de 60 mil mensagens de correio eletrónico relacionadas com a diplomacia norte-americana foram pirateadas em julho durante um ataque informático suspeito de ter origem chinesa, e que visou sobretudo o Departamento de Estado, informou esta sexta-feira o seu porta-voz.
"Cerca de 60 mil 'e-mails' não classificados foram extraídos durante esta violação", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, questionado sobre o assunto numa conferência de imprensa.
Miller referiu ainda que nenhum dos sistemas de segurança que contêm informações confidenciais foi pirateado.
Em julho, o Governo americano revelou a existência deste ataque informático que, segundo a Microsoft, era de origem chinesa e visava agências federais, incluindo o Departamento de Estado.
Até à data, os Estados Unidos recusaram atribuir responsabilidades, mas garantem que "não têm razões para duvidar da atribuição feita publicamente pela Microsoft", que falava na altura de um responsável "baseado na China que a Microsoft designa por Storm-0558".
No final de maio, os Estados Unidos, os seus aliados ocidentais e a Microsoft já tinham denunciado um "ator cibernético" patrocinado pela China que se tinha infiltrado nas redes de infraestruturas críticas americanas.
Num relatório do Departamento de Estado também divulgado esta sexta-feira, os norte-americanos também denunciaram uma campanha de desinformação maciça da China, que ameaça a liberdade de expressão em todo o mundo.