Vivem-se horas de grande incerteza política em Espanha com o início do debate em que o Parlamento vota a investidura de Alberto Núñez Feijóo como chefe do Governo, mas o próprio presidente do Partido Popular (PP) reconhece que não tem apoio suficiente. Se falhar, será a vez do socialista Pedro Sánchez tentar formar governo.
Já arrancou, em Espanha, o debate de investidura de Alberto Nuñez Feijóo como próximo chefe do Governo e, à partida, dificilmente o líder do PP vai conseguir o que quer: criar um Governo. Contudo, a votação apenas acontecerá esta quarta-feira.
No Parlamento, afirma que esta investidura "retrata" todos os deputados, bem como “quem se apresenta como um candidato livre para cumprir o que prometeu aos eleitores e a quem não o fez nem o fará”. Acrescenta ainda que "retrata quem chegou a acordo com outros partidos sem renunciar nem as suas convicções nem os seus compromissos" e ainda "quem coloca o interesse geral acima da ambição pessoal".
Críticas a amnistia a catalães
O recado foi dirigido para Pedro Sánchez e para as promessas deixadas aos independentistas catalães. O líder do PP garante que não permitirá a amnistia a independentistas catalães, algo que considera ser "uma aberração jurídica e moral" e "um ataque direto aos valores democráticos essenciais" de Espanha.
Apesar de não ter os apoios de que precisa para formar Governo, Feijóo insiste num partido popular forte e unido, lembrando que foi o mais votado nas eleições de 23 de julho.
Se a tentativa de Alberto Nuñez Feijóo de formar um Governo de direita falhar, será a vez de Pedro Sánchez tentar arranjar uma solução governativa ou voltar a ir a eleições, que seriam pela altura do Natal ou do início de janeiro.