Há mais um retrocesso no direito das mulheres no Irão. O Parlamento iraniano aprovou uma nova lei do véu que tem penas mais duras para quem não o usar.
Este fim de semana, o Parlamento do Irão aprovou o envio da nova lei do véu para uma comissão de avaliação e não haverá debate parlamentar antes da decisão. Assim evitam-se manifestações no Parlamento contra a lei para que esta seja aprovada.
Em setembro, a jovem Mahsa Amini morreu depois de ter sido detida pela polícia por não estar, alegadamente, a usar o véu. Por causa disso, começaram, um pouco por todo o mundo várias manifestações contra a imposição do uso do véu.
A lei deverá ser aprovada em breve. No diploma estão previstas para as mulheres multas, penas de prisão até cinco anos, apreensão de automóveis e proibição de conduzir, para além de cortes salariais e outros rendimentos laborais ou até mesmo a proibição de aceder a serviços bancários por não andarem com o véu na rua.
Entretanto, na cidade de Shiraz, um homem armado entrou numa mesquita, disparou sobre as pessoas e pelo menos uma morreu.
As imagens de videovigilância mostram o atirador a disparar em direção aos peregrinos. Pelo menos nove pessoas foram atingidas e uma acabou mesmo por morrer.
Para o Governo do Irão, este ataque foi uma vingança.
Em outubro, na mesma mesquita e numa situação semelhante, 13 pessoas foram mortas e 20 ficaram feridas. Os dois atacantes, ligados ao grupo armado do Estado Islâmico, foram detidos, condenados à morte e executados em junho.