Cristiano Zanin, advogado pessoal e amigo do Presidente brasileiro, Lula da Silva, tomou esta quinta-feira posse como juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil.
O agora juiz do STF ingressa na mais alta instância do país para preencher a vaga aberta em abril, quando o juiz Ricardo Lewandowski se aposentou e o tribunal ficou com 10 dos seus 11 membros.
A curta cerimónia no Plenário do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, contou com a presença das mais altas autoridades brasileiras como o chefe de Estado brasileiro e os presidentes do Senado e Câmara de Deputados, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, respetivamente, o presidente da Procuradoria-Geral da República, além de vários ministros e dos juízes do STF, entre outros.
Depois de empossado, a presidente do STF, Rosa Weber, deu a Cristiano Zanin as "boas vindas" desejando "muitas felicidades no exercício" das funções, mostrando-se confiante que o novo juiz "enriquecerá" o tribunal.
Cristiano Zanin tinha sido indicado por Lula da Silva para membro da mais alta instância do poder judiciário no Brasil, tendo o seu nome sido aprovado em 21 de junho no Senado por 58 votos a favor e 18 contra.
"Sei a distinção dos papéis entre um advogado e um ministro do Supremo Tribunal Federal", afirmou Cristiano Zanin, durante as perguntas a que foi submetido no Senado por mais de oito horas, acrescentando que se sentia "honrado" por ter sido indicado por Lula da Silva para uma vaga no STF e reconheceu que, nos últimos anos, "estabeleceu uma relação" com o agora Presidente ao defendê-lo nos processos de corrupção
Este facto levantou polémica nos setores jurídico e político, que se preocupam com o facto de alguém tão próximo do atual chefe de Estado ser um dos onze magistrados que compõem a mais alta instância judicial do país.