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Paris acusa países de explorarem tumultos em França

No final de junho, um adolescente foi morto a tiro por um polícia num controlo rodoviário na periferia de Paris, provocando diversas noites de tumultos e centenas de milhões de euros de prejuízos em diversas cidades francesas.

Geert Vanden Wijngaert/AP NEWSROOM

SIC Notícias

Lusa

A secretária de Estado francesa para os Assuntos Europeus, Laurence Boone, acusou hoje diversos países de terem instrumentalizado "com cinismo" os recentes tumultos que abalaram a França, citando designadamente o Irão, Turquia e Azerbaijão.

"Não devemos ser ingénuos face ao cinismo e más intenções de certos países, que nunca hesitam perante uma instrumentalização ou a desinformação", disse Boone ao ser interrogada no Senado sobre a degradação da imagem da França no estrangeiro.

"Em certos países, as imagens dos acontecimentos foram utilizadas em favor da propaganda dos regimes e respondemos sistematicamente a essas animosidades, em particular às emitidas pelos azeris, turcos ou iranianos", acrescentou.

No início de julho, Teerão apelou à França a "terminar com o tratamento violento da sua população" e demonstrar "contenção".

Por sua vez, o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan considerou que o "racismo e colonialismo" estavam na origem dos tumultos em França.

"As lições desses países dariam vontade de rir caso não tivessem tantos problemas de direitos humanos", considerou Boone.

No final de junho, um adolescente foi morto a tiro por um polícia num controlo rodoviário na periferia de Paris, provocando diversas noites de tumultos e centenas de milhões de euros de prejuízos em diversas cidades francesas.

"Todo o Governo se pronunciou muito, incluindo no estrangeiro, sobre as medidas tomadas para restabelecer a ordem pública no nosso território", assegurou ainda Boone.

"As nossas embaixadas foram informadas, e tranquilizadas, e não se registaram desistências ou anulações de viagens. Não houve uma queda da procura turística".

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