Depois de seis madrugadas de violência, as manifestações e marchas de apoio organizadas pelas autarquias francesas mostram uma França muito diferente da imagem de caos dos últimos dias.
Vincent Jeanbrum, o autarca cuja casa foi alvo de um ataque que quase vitimou fatalmente a mulher e os dois filhos de cinco e sete, é a personificação de um país assustado com a reação avassaladora à morte de Nahel.
Em Nanterre, a cidade onde nasceu e viveu Nahel, o presidente da Câmara agradeceu os apelos ao fim da violência da família do jovem, condenou os distúrbios e sublinhou a necessidade de justiça.
Hermano Sanches Ruivo, autarca da câmara de Paris, nascido em Portugal, crítica o fim do policiamento de proximidade e pede mais recursos para os governos locais. Defende que a morte de Nahel e as manifestações dos últimos dias levantam questões que não podem ser ignoradas.
Apesar de persistirem focos de violência e de terem sido detidas perto de 200 pessoas na madrugada desta segunda-feira, as autoridades registaram menos distúrbios. A polícia mantém-se mobilizada em peso para as zonas consideradas mais críticas.