A noite deste domingo foi mais calma em França. À sexta noite de violentos protestos, foram detidas pelo menos 78 pessoas, segundo o balanço provisório. Só em Paris foram detidas 20 pessoas
O número de pessoas detido é mais baixo do que nas noites anteriores.
Esta segunda-feira, Emmanuel Macron deverá receber os presidentes do Senado e da Assembleia Nacional. Na noite de domingo, o Presidente francês esteve reunido de emergência com a primeira-ministra, Élisabeth Borne, e sete ministros no Palácio do Eliseu.
O objetivo deste encontro terá sido fazer o ponto de situação da revolta popular que se arrasta há vários dias e mostrar a unidade e firmeza do Governo. Estas reuniões vêm no seguimento do ataque de sábado à casa de um autarca nos arredores de Paris.
Autarquias em protesto contra atentado à casa de um presidente da câmara
As autarquias francesas manifestam-se, esta segunda-feira, contra o atentado à casa de um presidente da câmara, que ocorreu este sábado nos arredores de Paris. Este é considerado o incidente mais grave registado nas seis noites de protestos.
O presidente da Associação dos Autarcas de França convocou para o protesto para o meio-dia. Este decorrerá em frente às câmaras municipais de todo o país.
Na terça-feira, Emmanuel Macron recebe no Eliseu cerca de 200 autarcas dos municípios afetados pelos tumultos dos últimos dias.
Governo francês mobilizou 45.000 polícias para travar tumultos
O Governo francês voltou a mobilizar 45.000 polícias, este domingo, para lidar com os protestos que decorrem no país, após as autoridades terem morto um jovem nos arredores de Paris.
O ministro do Interior pediu "firmeza" e que todas as detenções sejam efetuadas "o mais rapidamente possível", divulgou este domingo a sua equipa, citada pela Agência France Presse (AFP).
Nahel M., de 17 anos, foi morto pela polícia na sequência de uma operação stop em Nanterre.
O Ministério Público disse que o jovem estava a conduzir na faixa dos autocarros, tendo sido mandado parar pela polícia, mas não obedeceu à ordem. Um dos agentes disparou contra Nahel, atingindo-o no braço e no peito.
As cerimónias fúnebres de Nahel decorreram no sábado, em Nanterre, com um velório privado, uma cerimónia na mesquita e o enterro num cemitério local, onde compareceram centenas de pessoas.