Os agentes da polícia federal foram no início da manhã desta quarta-feira à casa de Bolsonaro, em Brasília, como parte de uma operação com 16 mandados de busca e apreensão. Passaram cerca de três horas na residência do ex-presidente que teve seu telemóvel apreendido pelos investigadores.
Apura-se uma suposta fraude nos comprovativos de vacina de Jair Bolsonaro, da sua filha e outros nomes próximos ao ex-presidente.
De acordo com a Polícia Federal, as adulterações no sistema do Ministério da Saúde ocorreram entre novembro de 2021, auge da pandemia que matou mais de 700 mil pessoas no Brasil, e o dia 30 de dezembro, data em que Bolsonaro viajou para uma temporada nos Estados Unidos, no final do seu mandato.
Ex-ajudante e ex-seguranças entre os seis detidos
A investigação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal e resultou na prisão de seis pessoas, na Brasília e no Rio de Janeiro. Entre elas, dois ex-seguranças de Bolsonaro e o o seu ex-ajudante de ordens, que já é investigado por tentar usar influência para reaver joias milionárias.
O braço direito de Bolsonaro é agora investigado por integrar uma associação criminosa para beneficiar pessoas que precisavam de certificados de imunização para burlar restrições sanitárias.
O ex-presidente do Brasil posicionou-se contra a imunização por diversas vezes, mas nunca havia confirmado se havia ou não tomado a vacina. A informação estava sob sigilo.